– Eu quero falar do Vinícius.
– Vinícius!?
– Você sabe de qual Vinícius eu
falo, não sabe?
O Vinícius de Moraes (1913-1980)
é, em minha opinião, o maior poeta brasileiro. Não é que eu o admire apenas
como poeta. Quer dizer... o cara foi tudo o que quis ser nesta vida, e isso é
admirável, não? Diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor. Até
mesmo a morte foi ao seu gosto, morreu na banheira da casa onde morava, na
Gávea, fumando charutos acompanhados por uma taça de champanhe, bem ao modo
Vinícius de Moraes.
De tudo o que o Vinícius foi, e o
foi muito bem, o que mais me desperta paixão é a poesia, claro! Às vezes quando
leio suas obras fico a imaginar no que ele pensava ao escrever. E é bom
esclarecer que o meu interesse por poesias despertou a partir das leituras de
seus sonetos que comecei a ler quando adolescente apaixonada e boba, com 12 ou
13 anos. Nunca mais deixei de ler poesia e passei a tentar escrever alguma
coisa também.
É por isso que admiro o Vinícius,
porque suas obras despertaram em mim, uma adolescente que nem tinha tanto
acesso a leitura a não ser na escola onde estudava, o interesse pela poesia,
pela escrita e pela leitura e que por isso ganhou vida. Os críticos podem até discordar,
mas pra mim ele sempre será o melhor... Vinícius, esse do qual eu falei.
– Ah! Vinícius!