sexta-feira, 7 de março de 2014

Quero falar do Vinícius

 – Eu quero falar do Vinícius.
 – Vinícius!?
– Você sabe de qual Vinícius eu falo, não sabe?
O Vinícius de Moraes (1913-1980) é, em minha opinião, o maior poeta brasileiro. Não é que eu o admire apenas como poeta. Quer dizer... o cara foi tudo o que quis ser nesta vida, e isso é admirável, não? Diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor. Até mesmo a morte foi ao seu gosto, morreu na banheira da casa onde morava, na Gávea, fumando charutos acompanhados por uma taça de champanhe, bem ao modo Vinícius de Moraes.
De tudo o que o Vinícius foi, e o foi muito bem, o que mais me desperta paixão é a poesia, claro! Às vezes quando leio suas obras fico a imaginar no que ele pensava ao escrever. E é bom esclarecer que o meu interesse por poesias despertou a partir das leituras de seus sonetos que comecei a ler quando adolescente apaixonada e boba, com 12 ou 13 anos. Nunca mais deixei de ler poesia e passei a tentar escrever alguma coisa também.
É por isso que admiro o Vinícius, porque suas obras despertaram em mim, uma adolescente que nem tinha tanto acesso a leitura a não ser na escola onde estudava, o interesse pela poesia, pela escrita e pela leitura e que por isso ganhou vida. Os críticos podem até discordar, mas pra mim ele sempre será o melhor... Vinícius, esse do qual eu falei.
 – Ah! Vinícius!


terça-feira, 4 de março de 2014

Poema novinho: E por falar em amor...

E por falar em amor...

Eu nunca soube o que é o amor. É verdade, não o conheço!
E apesar de sempre ouvir maravilhas a seu respeito, nunca tive a sorte de encontrá-lo.
Ouvi dizer que é bem bonito, o amor... Muito nobre também.
É generoso e paciente... E faz um bem danado a alma da gente.
Mas conhecê-lo não!... nunca o conheci.

Já vi que vai ser difícil encontrar o amor... Não sei por que caminhos costuma andar.
Muito embora... Se não me engana a memória... Certa vez uma criança me indicou a direção...
Parece que o amor se encontra sempre nas coisas mais simples... nos lugares onde adultos não costumam olhar.
As crianças sim, sempre o encontram... Curiosas do jeito que são, estão sempre a mexer e remexer em tudo. Adulto não! Este sempre tem focado o olhar para as coisas práticas da vida.
Talvez seja isso... Talvez eu não desconheça tanto assim o amor. Afinal, eu devo tê-lo encontrado quando criança...
Talvez... é!... mas eu cresci...
Não! Espere um pouco... tenho aqui comigo um baú e algumas lembranças do tempo de minha infância... Quem sabe não encontre o amor guardado aqui!
É isso!
 Olha! Dá uma licencinha! Outro dia conversamos! Agora vou ver se acho nessas tais coisas simples o amor que tanto sonho encontrar.