domingo, 11 de agosto de 2013


DE ALUNA PRA PROFESSORA

Testemunho:

Pense que coisa besta!
Consegui ter um trabalho meu, que não teve a intervenção, nem a indicação direta de nenhum dos meus professores; aprovado em um determinado evento acadêmico.  Esse trabalho surgiu do meu desejo em escrever sobre um tema. Claro, suscitado por uma das obras de um grande escritor, que simplesmente adoooooooro, Rubem Alves.
O fato é que fiquei tão feliz, que não paro de olhar para minha produção... E ai, fiquei pensando! Se eu que já tenho uma certa trajetória escolar e já passei por um tanto de situações de produção de escrita, fiquei assim... tão bestificada, maravilhada, empolgada, e qualquer outro adjetivo relacionado a isso que possa ser acrescentado, em ver meu trabalho intelectual ser valorizado. Como deve ficar uma criança quando percebe que algo que partiu do seu interesse e foi produzido por ela é valorizado por seu professor, pais, comunidade?
Eu não sei como fica. Não lembro de ter sentido essa sensação na escola, enquanto criança... nem adolescente. O conhecimento sempre era do outro, eu apenas o recebia, e reproduzia. Tive de chegar à universidade e ter um trabalho aprovado em um evento cientifico para descobrir o quanto é maravilhoso sentir-se construtor do seu próprio conhecimento.
Mas... e quem não consegue resistir a uma vida escolar sem sentido por tanto tempo? Quem desiste antes?
Seria muito bom se já desde crianças percebêssemos, e a escola também percebesse e valorizasse, as nossas potencialidades. Não seria?

Sei lá... fiquei pensando!