domingo, 11 de agosto de 2013


DE ALUNA PRA PROFESSORA

Testemunho:

Pense que coisa besta!
Consegui ter um trabalho meu, que não teve a intervenção, nem a indicação direta de nenhum dos meus professores; aprovado em um determinado evento acadêmico.  Esse trabalho surgiu do meu desejo em escrever sobre um tema. Claro, suscitado por uma das obras de um grande escritor, que simplesmente adoooooooro, Rubem Alves.
O fato é que fiquei tão feliz, que não paro de olhar para minha produção... E ai, fiquei pensando! Se eu que já tenho uma certa trajetória escolar e já passei por um tanto de situações de produção de escrita, fiquei assim... tão bestificada, maravilhada, empolgada, e qualquer outro adjetivo relacionado a isso que possa ser acrescentado, em ver meu trabalho intelectual ser valorizado. Como deve ficar uma criança quando percebe que algo que partiu do seu interesse e foi produzido por ela é valorizado por seu professor, pais, comunidade?
Eu não sei como fica. Não lembro de ter sentido essa sensação na escola, enquanto criança... nem adolescente. O conhecimento sempre era do outro, eu apenas o recebia, e reproduzia. Tive de chegar à universidade e ter um trabalho aprovado em um evento cientifico para descobrir o quanto é maravilhoso sentir-se construtor do seu próprio conhecimento.
Mas... e quem não consegue resistir a uma vida escolar sem sentido por tanto tempo? Quem desiste antes?
Seria muito bom se já desde crianças percebêssemos, e a escola também percebesse e valorizasse, as nossas potencialidades. Não seria?

Sei lá... fiquei pensando!

quarta-feira, 29 de maio de 2013

VIVO SENDO EU







Eu danço a melodia que ninguém escutou... e vibro com a alegria que ninguém nunca sentiu... nem sentirá.

Eu caminho numa estrada onde ninguém andou... e sinto as dores que ninguém, jamais sofreu...nem sofrerá.

Eu sou... sou o que ninguém é... o que ninguém gostaria de ser... o que talvez alguém pudesse querer ser... mas não é... nem será.

Ninguém, jamais, saberá o que é habitar em mim...por isso vivo assim... sem me importar muito com opiniões.

O que sou... o que de essência sou, ninguém jamais descobrirá. Ainda que eu grite tentando explicar. 

O que sou é um enigma até pra mim.

É assim! Não dá pra falar, só dá pra sentir... e sentindo, eu vivo do jeito que ninguém jamais viveu...

 Vivo sendo eu!

domingo, 24 de fevereiro de 2013

A inutilidade das coisas que nos fazem felizes



Outro dia estava lendo o livro de um autor muito querido, Rubem Alves.
No livro, "Estórias de quem gosta de ensinar" (2000) Rubem fala-nos da inutilidade da infância e a discussão entorno do tema me fez pensar o quanto nos colocamos contra a nós mesmos, contra a nossa felicidade em nome de nada. Entende?

Deixamos de aproveitar a vida... passear pela praia no final do dia, brincar de bola com (como) uma criança, tomar banho de chuva só por diversão, ler um poema, ouvir nossas músicas prediletas a tarde inteira... essas coisas são inúteis, mas nos dão prazer. Produzem felicidade. Abrimos mão tão facilmente delas. Claro! Precisamos trabalhar, estudar, participar de reuniões super-chatas, estar ao lado de pessoas que não tem nada haver com a gente...  para sermos úteis a sociedade.

Acreditamos mesmo nessa bobagem, não é?  Essa, de que a felicidade virá um dia... Não, ela não virá, a felicidade é agora. E está nessas coisas inúteis, que não nos fazem mais ricos ou famosos, nem pagam as contas atrasadas. Mas nos dão o prazer de perceber como temos sorte em ter quem amamos por perto, e o prazer de sentir-nos vivos.

A infância é inútil,  justamente porque é nessa fase que mais fazemos as coisas, com a única preocupação de sermos felizes. Inúteis! Nos dão prazer, e nenhum retorno financeiro. Coisas inúteis, diz Santo Agostinho, são para serem usufruídas e nos tornarem bem-aventurados.

Se quisesse um conselho meu, eu lhe diria: Vai ser feliz, usufruindo de coisas inúteis a essa sociedade às avessas, que nos fez acreditar que o que mais importa é o que menos nos torna felizes.

Sinceramente, fico com as crianças, elas são bem mais sábias do que as julgamos.


domingo, 10 de fevereiro de 2013

Poema meu.

SOU PINTOR



Eu queria estar ao seu lado.
Eu queria não mais te ver.
Eu queria ser poeta.
Eu queria ser pintor.

Eu queria roubar seu beijo.
Eu queria não ser roubado.
Eu queria ser poeta.
Eu queria ser pintor.

Eu queria dançar essa música.
Eu queria não ver ninguém.
Eu queria ser poeta.
Eu queria ser pintor.

Eu queria sumir.
Eu queria ser famoso.
Eu queria ser poeta.
Eu queria ser pintor.


Eu queria tocar as estrelas.
Eu queria te tocar.
Eu queria ser poeta.
Eu queria ser pintor.

Eu queria que não fosse verdade.
Eu queria que não houvesse mentira.

Eu queria ser poeta.
Eu queria ser pintor.

Eu queria ter coragem.
Eu queria não ser fraco.

Eu queria ser poeta.
Eu queria ser pintor.

Eu queria não chorar.
Eu queria voltar a sorrir

Eu queria ser poeta.
Eu queria ser pintor.

Eu queria não te amar.
Eu queria que me amasse.

Eu queria ser poeta.
Eu queria ser pintor.





Eu! Não quero mais nada da vida.
Eu já sou poeta.
Eu já sou pintor.





domingo, 3 de fevereiro de 2013

VIAGEM


 Devemos olhar para dentro de nós!
Eis o que dizem todos.
Lá se encontram as respostas... para as angústias, para as tristezas; até para a  felicidade.
Porém, tudo o que vejo é vaidade.
Alguém realmente tem tempo para olhar lá dentro?
Acho que não!
É que já são tantas as cadeias que nos mantêm presos aqui fora. 
Que chegar lá dentro tornou-se distante...absurdamente distante.
Não há tempo para uma viagem tão longa.

Cris Cruz.

INDICAÇÃO DE LEITURA


  E para os leitores que apreciam literatura de boa qualidade.Recomendo um livro que é da nossa terra "HUMANIDADE e outros pensamentos" do autor José Douglas Alves dos Santos. Estudante do curso de pedagogia na UFS. 
Um belo trabalho que nos suscita diversas reflexões a cada pequeno texto lido.

 valorize o que é nosso!