DE ALUNA PRA PROFESSORA
Testemunho:
Pense que coisa besta!
Consegui ter um
trabalho meu, que não teve a intervenção, nem a indicação direta de nenhum dos
meus professores; aprovado em um determinado evento acadêmico. Esse trabalho surgiu do meu desejo em
escrever sobre um tema. Claro, suscitado por uma das obras de um grande
escritor, que simplesmente adoooooooro, Rubem Alves.
O fato é que
fiquei tão feliz, que não paro de olhar para minha produção... E ai, fiquei
pensando! Se eu que já tenho uma certa trajetória escolar e já passei por um tanto
de situações de produção de escrita, fiquei assim... tão bestificada, maravilhada,
empolgada, e qualquer outro adjetivo relacionado a isso que possa ser
acrescentado, em ver meu trabalho intelectual ser valorizado. Como deve ficar
uma criança quando percebe que algo que partiu do seu interesse e foi produzido
por ela é valorizado por seu professor, pais, comunidade?
Eu não sei como
fica. Não lembro de ter sentido essa sensação na escola, enquanto criança...
nem adolescente. O conhecimento sempre era do outro, eu apenas o recebia, e
reproduzia. Tive de chegar à universidade e ter um trabalho aprovado em um evento
cientifico para descobrir o quanto é maravilhoso sentir-se construtor do seu próprio
conhecimento.
Mas... e quem
não consegue resistir a uma vida escolar sem sentido por tanto tempo? Quem
desiste antes?
Seria muito bom
se já desde crianças percebêssemos, e a escola também percebesse e valorizasse,
as nossas potencialidades. Não seria?
Sei lá...
fiquei pensando!